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Fotografia de José Zagalo Ilharco, empresário e fotógrafo amador, autor das primeiras fotografias históricas do Velódromo, captadas em 1893, antes da sua inauguração oficial.
Já nada resta dele. No entanto, é perfeitamente visível nas fotografias de satélite do Museu Nacional Soares dos Reis – uma ausência com forma oval. A história do Velódromo Rainha D. Amélia, inaugurado em 1894, remonta aos tempos em que o Palácio dos Carrancas era a residência oficial da família real em deslocações ao Porto. Entusiasta das bicicletas, o rei D. Carlos I doou o terreno nas traseiras do palácio ao Real Velo Club do Porto para que ali construísse um velódromo: um circuito, de grande extensão, que permitia percorrer um quilómetro em três voltas, e com generosas bancadas em madeira.
© Rui Meireles
Após a queda da monarquia, o palácio e o seu velódromo caíram no abandono – quando é ali instalado o Museu Nacional Soares dos Reis, nos anos 40, já nada restava do circuito para bicicletas. Mas este “nada” é hoje ainda muito presente nos jardins do Museu, na sua ampla extensão e no empedrado que descreve uma elipse pelos espaços, e onde os extremos desta elipse são assinalados com dois semicírculos – uma memória desenhada pelo arquiteto Fernando Távora, aquando da recuperação deste antigo palácio.
© Rui Meireles
A Agenda Porto agradece à família Magalhães Carneiro, proprietária dos originais da coleção fotográfica de José Zagalo Ilharco (1860-1910), e ao Museu Nacional Soares dos Reis.
Texto de Ricardo Alves
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