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Foi a 20 de janeiro de 1932 que o Rivoli abriu portas pela primeira vez no mesmo local onde antes existira o Teatro Nacional. Com traço do arquiteto José Júlio de Brito, a nova sala de espetáculos surgiu pelas mãos do empresário Manuel José Pires Fernandes e foi considerada pela imprensa “a última palavra em modernismo, em conforto e em bom gosto”. Segundo o Jornal de Notícias, o Porto passava a ter, finalmente, “o seu grande teatro popular”, que podia, “a preços reduzidíssimos, dar bons espetáculos a toda a gente”.
Foi a Companhia Rey Colaço – Robles Monteiro, de Lisboa, que inaugurou o teatro com a peça Peraltas e Sécias. Nessa época, os preços oscilavam entre os 60 escudos para os Camarotes e as Frisas e os quatro escudos para a Plateia Geral.
Já não é desse tempo a máquina de bilhetes que apresentamos nesta edição da Portografia, a assinalar os 93 anos do Rivoli, e que guarda memórias da efervescência cultural da cidade durante o século XX. Esta pequena relíquia carregou nos seus rolos os bilhetes de inúmeros espetáculos, sendo que os últimos que vemos marcados custavam entre 175 e 210 escudos. Além de emitir as entradas, este objeto ‘materializava’ em papel os sonhos e momentos que muitos espectadores gostam de conservar mesmo depois do final do espetáculo.
© Inês Aleixo
© Inês Aleixo
Antiga máquina de bilhetes do Rivoli © Inês Aleixo
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