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Código Postal 4000 e tal
As piscinas que têm o céu como limite
Real Clube Fluvial Portuense
Codigo Postal: Real Clube Fluvial Portuense

É na Rua Aleixo Mota que nos abrem as portas da coletividade desportiva mais antiga da cidade: o Real Clube Fluvial Portuense foi fundado em 1876 por um grupo de portuenses apaixonados por desportos náuticos. Se a água foi a força que os moveu, é dentro dela que, hoje, mais de 600 atletas treinam semanalmente tanto para as competições como para manter a boa forma física.

Somos recebidos pelo Presidente, José Valentim Miranda, arquiteto de profissão e praticante no clube nas horas vagas, que assegura, com orgulho, que “não há piscinas como estas em Portugal, quiçá na Península Ibérica”, e acrescenta, bem-disposto, que o Fluvial é “o Porsche da cidade, descapotável e não gasta gasolina”, referindo-se à particularidade de as piscinas terem uma cobertura retrátil que pode ser aberta ou fechada consoante as necessidades.


E há razões para tanto orgulho: o clube é vencedor do Campeonato Nacional de Masters de natação em femininos, masculinos e coletivo, pelo sétimo ano consecutivo. Conquistam títulos, ganham troféus e “destacam-se em todas as modalidades: remo, polo aquático, natação pura, natação artística, natação adaptada, natação masters e águas abertas”.

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© Andreia Merca

Este ano, mais uma vez, o Fluvial marcou presença nos Jogos Olímpicos. Depois de Vânia Neves, no Rio de Janeiro – 2016, e Angélica André, em Tóquio – 2020, agora foi a vez de Henrique Mascarenhas ir a Paris. Além de uma forte ambição e dedicação, estes atletas têm em comum o treinador Rui Borges.

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© Andreia Merca

O Fluvial tem dois polos ‘unidos’ pelo rio Douro; as instalações de Gaia são dedicadas ao remo, a modalidade mais antiga do clube. É também do outro lado do rio que vive José V. Miranda, onde, noutros tempos, se tornou sócio, muito antes de imaginar que um dia iria ocupar a presidência.


Foi em 2010, num “ato de boa-fé e amor pelo clube”, que se juntou a um grupo de antigos atletas para reerguerem o Real Clube Fluvial Portuense, que contava à data apenas com quatro sócios e estava “num estado decadente”. Atualmente, o clube conta com cerca de 3.500 sócios ativos.

José assumiu a presidência com o intuito de vencer as adversidades, e “hoje, o clube é um orgulho para todos nós e para a cidade". “Somos o clube com mais atletas inscritos nas federações de natação, polo aquático e remo”, frisa.

Tudo por amor: à água, ao desporto e à ‘família’

As instalações são amplas, mas as relações são muito estreitas. “Somos uma família”, afirma. “Gostamos de ter os pais próximos, a ferver com os jogos - faz isto, faz aquilo! - são verdadeiros treinadores de bancada.” O Fluvial acaba por se tornar uma segunda casa. “Passam aqui muitas horas, entre treinos, conversas e convívio. Até estamos a pensar fazer uma sala para os pais poderem trabalhar aqui enquanto os filhos treinam”, avança.


Em setembro, é tempo de recomeçar os treinos e reencontrar os colegas após as férias. Mais para a frente, quando começarem as provas e, ao mesmo tempo, chegar a época de testes na escola e os exames na faculdade, “é muito importante o apoio dos pais e do clube para segurar tudo”, salienta.

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© Andreia Merca

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Segundo José, os fluvialistas “fazem tudo por amor”. Neste clube, que valoriza a formação, o espírito competitivo também está sempre presente. “Ninguém exige títulos [aos atletas]. Só queremos que dêem o seu melhor e que façam um trabalho com qualidade. Quando não ganham a prova, ganham o mérito e são valorizados pelo esforço. No fundo, todos ganham.”


Para quem quer nadar sem ir a provas, no Fluvial há aulas de natação para todas as idades. E há, também, de vez em quando outras atividades, como a Glugluteca, uma experiência sensorial de música e narração oral para bebés e crianças, dos seis meses aos quatro anos, fruto de uma parceria entre o Fluvial e O Som do Algodão.


O clube está aberto de segunda a sexta, das 07h00 às 22h00, ao sábado, das 08h00 às 20h00, e ao domingo, das 09h00 às 13h30. É só aparecer com fato de banho, touca e óculos e desfrutar das piscinas com vista para o céu.

por Maria Bastos

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