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Reportagem
Breaking: World Battle
Competição de breaking no Porto transforma os palcos em verdadeiros movimentos de rua
Breaking World Battle

Corria o ano 2004 quando, de mochila às costas numa temporada pelos Estados Unidos, foi surgindo o primeiro vislumbre daquilo que hoje é a World Battle, “a paixão de um homem aqui da cidade que de repente começou a contagiar pessoas com a mesma paixão”. O resumo é de Max Oliveira, um dos responsáveis do evento e expoente máximo da prática de breaking na cidade do Porto. “Este é um produto criado aqui, por nós, pelo qual os países lutam para classificar os seus atletas”, acrescenta.

Inspirado pelo estilo de vida de Los Angeles, foi a experiência de participar no décimo ano da B-Boys Summit, um festival que “vive o breaking com a cidade”, passado em locais icónicos de Hollywood, que avivou em Max esta chama pelo breaking e a transformou nesta forma de estar que hoje o move.


“Era um movimento de pessoas que partilhavam um amor em comum e que desfrutavam de uma cidade a dançar, a competir e a vibrar em diversos pontos e locais, com diferentes energias, com diferentes vibes, com diferentes setups”, diz o atleta, acrescentando que “o genial de tudo isto” estava em fazer o oposto do padrão de competições em pavilhões, “durante quatro dias, a fazer e a ver só aquilo”.


E assim foi: de inspirações que passaram a ideias, de ideias que passaram a planos, de contactos que se transformaram em parcerias, nasceu a EuroBattle. “Um sonho distante, uma coisa gira” que, com garra e devoção, cresceu e evoluiu para a World Battle, e que soma nesta edição mais participações que no ano passado.

Breaking World Battle

© Nuno Miguel Coelho

Breaking World Battle

© Nuno Miguel Coelho

Competição em pleno verão

Das muitas novidades desta edição, com cerca de 1500 inscritos para competir, a Breaking Gala junta o desporto à mesa no dia 28 de agosto, com uma arena preparada onde vão competir oito dos melhores b-boys e b-girls do mundo.


Outra novidade é a homologação das Team Battles que decorrem no dia 29, iniciativa que nasce da coorganização do evento com a Federação Internacional. Trata-se de battles inclusivas, compostas por uma b-girl, um b-boy e um Júnior numa competição que “evidencia aquilo pelo que nós sempre prezamos e lutamos: equidade e paridade”, revela.


Desde uma performance de freestyle soccer a novas competições, espera-se ainda a instalação de novas estruturas para a inclusão de modalidades como o skate, o BMX, a trotinette, muita festa, sem esquecer o versátil e imersivo Street Vibes Lifestyle Market presente na Alfândega entre os dias 29 de agosto e 1 de setembro, com comida, bebida, muita arte e energia para quem queira aparecer.


Desporto no Bairro já nas ruas

Apesar de um evento desta dimensão exigir muitos recursos e logística, por se tratar de um planeamento contínuo, que vai do fim de uma edição ao início da seguinte, Max afirma que “o potencial disto é gigante”, sendo a inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos não apenas o resultado do crescimento do breaking, como, sobretudo, a porta para um caminho que só tende a expandir-se cada vez mais.


Além da World Battle, Max Oliveira está ainda envolvido num dos mais importantes programas desportivos do Município do Porto, o Desporto no Bairro, que apoia a prática de novas modalidades entre os jovens da cidade. Um projeto cujo êxito fala por si próprio, refere o mentor, destacando a “menina Risoleta” como um exemplo do sucesso do programa. 


“Acredito que o Desporto no Bairro vai continuar a ser, eu diria, um ótimo projeto, um ponto de encontro, mas, acima de tudo, um motivo de orgulho pelos efeitos que cria e a mensagem que passa aos jovens da cidade.”

Breaking World Battle

© Nuno Miguel Coelho

por Sara Santos

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