To love an object é uma investigação em curso sobre a adoração dos objetos desde os tempos da pré-história, com foco na criação da custódia na Idade Média. Para quê que precisamos de ver um pedaço de material de um santo para acreditar nele?
Os objetos aqui propostos são compostos por imagens que servem para as pensar, umas com as outras, gerar mais imagens e não esquecer.
To Love an object pensa sobre a subsistência do amor através dos objetos. Esta instalação reúne componentes materiais, imagens e símbolos que foram trocados, encontrados e produzidos durante os últimos três anos. Os objetos que se foram associando para a construção deste lugar estão ligados entre si por questões de genética, identidade e origem.
A instalação torna visível um processo orientado intencionalmente pela criação de codificações. Esta abre-se ao reconhecimento através das escolhas implícitas na instalação dos objetos e da relação que estabelecem com o espectador. Isto é, esta escolha espacial irá dar pistas para o entendimento das associações e das respetivas contaminações (entre objeto-imagem-espectador-espaço) — demonstrando assim a experiência da produção destes elementos, passando a ser uma experiência partilhada.
Luna Gil, Luso-argentina (n.1999). Trabalha maioritariamente a instalação, composta por diferentes meios. As temáticas das suas instalações variam consoante o envolvimento e a interferência do mundo enquanto meio em associação com memórias e aparições. O resultado deste processo são configurações codificadas de objetos e imagens que pertencem a uma simbologia subjetiva. Investiga também a forma como o mapeamento de efeitos entre o mundo e o indivíduo se traduzem em elementos plásticos e podem ser campos de produção de conhecimento.
Licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e atualmente frequenta o mestrado em Escultura na Faculdade das Belas Artes do Porto.