Ópera Ultra [SOM] funciona como uma disseminação do toque nas suas forças motrizes sensoriais, operacionais e dimensionais — extraídas das estruturas da família Negra, das orquestrações institucionais e dos sistemas de trabalho que a rodeiam: possibilidades de rutura epistémica em jogo. A iteração percorre ideias para além de “serviço”, “servidor” ou “servidão”, encenadas no contexto da Galeria Municipal do Porto, no local multifacetado convertido em parque infantil, jardim e auditório (simultaneamente) por Mónica de Miranda.
O ponto de partida para o ensaio performativo é a anterior série de palestras sónicas de J Paris intitulada “Humming as a Praxis”, na qual ele apresentou gestos sónicos suaves como ferramentas para renunciar a corporações públicas enraizadas no pensamento colonial [durante 2024] no Museu V&A em Kensington (Londres) e no Padrão dos Descobrimentos em Belém (Lisboa); explorando a sonoridade nas economias trágicas destes locais.
Integrado no programa de ativações da obra "Intervalo Temporal", da exposição "Profundidade de Campo", de Mónica de Miranda.