Na terceira noite da Tetralogia das Estações, a identidade, as histórias e as suas origens são vagas. A pressão flutua à medida que o drama e os segredos se desenrolam e mudam a distribuição de energia. Memórias fraturadas, inventadas, manipuladas ou reais, fluem como uma corrente de ar. Não há distinções rígidas entre o que é real e o que é irreal, nem entre o que é verdadeiro e o que é falso. Em Noite de Inverno, um texto biográfico, Luís Mestre desenha um percurso no território delicado entre as esferas pública e privada. — Luís Mestre / Teatro Nova Europa