O encontro entre dança e música, voz e ritmo, é fundamental na peça Noche, de Alma Söderberg, na qual a exploração assume uma configuração nova. Simultaneamente lenta e repentina, constantemente recorrente, mas ainda assim imprevisível, a noite é uma interrupção delicada do seu ritmo próprio. O luar é tão nítido quanto obscuro, o chão sob os pés diferente. Não se pode tomar nada por garantido, a atenção aumenta. A noite é o ponto de partida para um tipo diferente de música e dança, com um ritmo mais irregular, mais arriscado, simultaneamente delicado, caloroso e sombrio. Uma teia delicada de várias vozes e movimentos em direção ao corte, à interrupção, à síncope. — Cullberg