Explore a decadência e a esperança em "NEGENTROPIA: O Último Homem na Terra Devastada", uma experiência operática pós-techno que o transportará para um universo pós-apocalíptico repleto de mistério e desespero.
O último refúgio da humanidade num mundo devastado, onde o ruído eletrónico ecoa como nuvem apocalíptica pulsante, numa ópera pós-techno que transcende conversões.
Entre num universo disruptivo onde um último homem pensa, como delírio, os seus restantes dias, procurando uma revelação no seu fôlego terminal, como forma extravagante de sobrevivência numa terra radical e árida de fragmentos colapsados, outrora símbolos da monumentalidade tecnológica, do poder e progresso civilizacional. Elementos apagados na erosão do tempo contemporâneo deste último homem, como poeira cósmica onde persiste o seu desejo de sobrevivência.
Esta obra, dirigida e concebida por Hugo Paquete, apresenta-nos um universo pós-apocalíptico distópico, onde a música eletrónica, ruído e interação se unem em 5 atos onde se explora o lugar e circunstância da existência num último suspiro, o fim de um homem num deserto austero eletrónico como nuvem pós-apocalíptica, onde a existência colapsa em loucura e asfixia. Inspirada nas obras do compositor Jani Christou, NEGENTROPIA recria e expande as composições Anaparastasis I: The Baritone (1968) e Anaparastasis III: The Pianist (1968), elevando a sua experiência a novas intensidades, contextualizando-as numa meta-dramaturgia sonora, visual e cénica, com recurso a improvisação e programações de leituras de CO2 para som, numa catarse como suspensão da tragédia humana e tecnológica.
Exploramos neste projeto os conceitos: ecologia radical, astronomia, ciência, misticismo e morte, tradições imaginárias e misteriosas para se desvendar os limites do eu perante o abismo. Procura-se, assim, partir do ritual catártico tecnológico, da voz em cena, onde o mito, o transcendente, o primordial e o ritual moldam o pânico e a histeria como conceitos operativos diante do apocalítico, numa abordagem estética de cruzamentos disciplinares e disruptiva.
Esta peça desenvolvida em formato site-specific para a cúpula do Planetário do Porto, apresenta conteúdos em vídeo 3D, criados por Julius Horsthuis, e som espacializado para oito canais de áudio, transportando os sentidos para um mundo dissonante de ritmo e ruído.
No palco, contamos com o talentoso barítono Rui Baeta que personifica "o último homem", acompanhado por manipulações eletrónicas de Hugo Paquete. Somando, ainda, a participação especial de músicos convidados para as diferentes apresentações, tais como Pedro Carvalho e Ianina Khmelik no violino, e Cláudio de Pina no sintetizador e programações.
Este projeto conta ainda com uma equipa de atores, performers e geradores de ruído, tais como: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães e Leticia Arlandis – assumem o papel de ecos humanos, evocando memórias de uma humanidade perdida entre o passado e o futuro.
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Cúpula do Planetário do Porto – CCV
Sexta, 21 de junho, 21:30
Sábado, 22 de junho, 18:00
Duração: 1 hora
Recomendado para maiores de 10 anos.
Bilhetes
> pré-venda online: https://www.eventbrite.pt/e/bilhetes-negentropia-o-ultimo-homem-na-terra-devastada-911215739807
> no Planetário do Porto: 1 hora antes do início dos espetáculos.
Número de lugares disponíveis em cada espectáculo: 93 + 2 de mobilidade reduzida
Preço dos bilhetes para cada espectáculo: 15€ (geral) / 7€ (estudante) / 25€ (dois adultos e uma criança até aos 16 anos).