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#LIMOEIRO 55 é uma performance para dois corpos, dois cubos de gelo e dois raios de solidão. Tendo como referência a coleção fotográfica “Dash Snow: I love You, Stupid” de Glenn O´Brien, é apresentada uma estrutura coreográfica composta por tarefas que são ativadas através de um arco de longo alcance, gerando um paralelo entre a mecanicidade da sua execução e o espectro emocional que a acompanha.
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O tempo presente é contabilizado através do embate de um fluxo aéreo – brisa – sobre um caudal de água contínuo, em movimento descendente a partir do interior das pálpebras de uma face. Os segundos de aparecimento, de frio e de secagem asseguram a suspensão de uma eternidade vazia, um túnel que nos atravessa sem deixar marcas de partida nem chegada, o vácuo existe. Dá-me a mão. Grita comigo: O nós morreu longe daqui, o nós morreu longe de nós. Nós é o pássaro que vagueia na praia só e não mais regressa. O amor é um mar de gente num carrossel só. Validade e velocidade de decomposição. Quantos serão precisos para erguer um pensamento, uma ideia? Sou corpo que fui. Alguma vez andaste sobre o alcatrão com a língua?
Estende a mão, aproveita a futilidade que permite que te amem, que te deixa num banco à espera da próxima volta. Estende a mão. O ponto de partida é estender, passar pelo vácuo. Repete: o amor é um mar de gente num carrossel só. Continuo a pensar que o presente é o embate das minhas costas no chão de cada andar de um prédio de dez andares, que desmoronam com cada um dos meus impactos possibilitando uma nova visão sobre este jogo de plataformas.
A performance insere-se no ciclo PISCINA BRAVA.
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#LIMOEIRO 55 é uma performance para dois corpos, dois cubos de gelo e dois raios de solidão. Tendo como referência a coleção fotográfica “Dash Snow: I love You, Stupid” de Glenn O´Brien, é apresentada uma estrutura coreográfica composta por tarefas que são ativadas através de um arco de longo alcance, gerando um paralelo entre a mecanicidade da sua execução e o espectro emocional que a acompanha.
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O tempo presente é contabilizado através do embate de um fluxo aéreo – brisa – sobre um caudal de água contínuo, em movimento descendente a partir do interior das pálpebras de uma face. Os segundos de aparecimento, de frio e de secagem asseguram a suspensão de uma eternidade vazia, um túnel que nos atravessa sem deixar marcas de partida nem chegada, o vácuo existe. Dá-me a mão. Grita comigo: O nós morreu longe daqui, o nós morreu longe de nós. Nós é o pássaro que vagueia na praia só e não mais regressa. O amor é um mar de gente num carrossel só. Validade e velocidade de decomposição. Quantos serão precisos para erguer um pensamento, uma ideia? Sou corpo que fui. Alguma vez andaste sobre o alcatrão com a língua?
Estende a mão, aproveita a futilidade que permite que te amem, que te deixa num banco à espera da próxima volta. Estende a mão. O ponto de partida é estender, passar pelo vácuo. Repete: o amor é um mar de gente num carrossel só. Continuo a pensar que o presente é o embate das minhas costas no chão de cada andar de um prédio de dez andares, que desmoronam com cada um dos meus impactos possibilitando uma nova visão sobre este jogo de plataformas.
A performance insere-se no ciclo PISCINA BRAVA.
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