Os enquadramentos conceptuais e as imagens da Natureza têm mudado historicamente. Teorias organicistas, mecanicistas, materialistas ou espiritualistas sustentam imagens da natureza como um organismo vivo, selvagem e incontrolável, como uma mãe nutridora, ou imagens de passividade, de uma natureza a ser dominada, controlada, torturada ou explorada. Teorias e imagens que se associam ao sexo feminino, feminizam a natureza ou naturalizam a mulher, estabelecendo uma ligação entre a dominação da mulher e a dominação da natureza. Iremos olhar para as variações críticas da filosofia ecofeminista em torno desta ligação e para as formas de pensamento por oposições (Natureza/cultura e os seus associados), aproximando-nos aos ecofeminismos, para além das visões apocalípticas ou românticas, como uma perspectiva que nos coloca num dos eixos da reflexão actual, interrogando-nos sobre a natureza como categoria analítica e política e sobre a sua compreensão como placa tectónica.