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Galeria São Mamede
Fernando Gaspar
Flor-flor
Exposição individual de Fernando Gaspar
Galeria São Mamede
Fernando Gaspar

Flor, flor

Levado, como num voo errático sobre o perfume doce; inspirado pela cor, aliciado pela curva macia da pétala;
pousando aqui, ali, tocando.
A flor como exercício da memória e da mão, caminho poético para o traço essencial, a mancha primeira; forma pura de ver, renovada e solta.
Flor, flor mistério;
impulso magnético, mapa geométrico para um regresso, ou todas as outras coisas juntas que ainda não sabemos sentir.

Inspirado, muito, também, por este magnífico texto de Almada Negreiros:


"Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!"

de Almada Negreiros

in "O Regresso ou o Homem Sentado - III parte"


FERNANDO GASPAR n.1966, Portugal

De formação autodidacta, expõe desde 1986 de modo continuado, colaborando com galerias de arte nacionais e estrangeiras. Somam-se até agora mais de sessenta exposições individuais, alguns Prémios Nacionais e representações em colecções públicas e privadas em Portugal, Espanha, França, Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, Itália, Canadá, Brasil e Estados Unidos.
O seu trabalho tem evoluído no sentido de uma abordagem crescentemente reflexiva e contemporânea, fortemente marcado por uma assumida independência relativamente às correntes e tendências vigentes.

21
Set
15
Nov
2024-09-21T16:00:00Z
2024-11-15T19:00:00Z
Galeria São Mamede

Inauguração a 21 de setembro, às 16h.
Horário de funcionamento: Terça a sexta: 14h—20h
Sábados: 15h—20h
Encerra aos domingos e segundas.

Gratuito

6+
R Miguel Bombarda, 624

Mais info

Galeria São Mamede
Gratuito
Exposição
Animais Permitidos

Flor, flor

Levado, como num voo errático sobre o perfume doce; inspirado pela cor, aliciado pela curva macia da pétala;
pousando aqui, ali, tocando.
A flor como exercício da memória e da mão, caminho poético para o traço essencial, a mancha primeira; forma pura de ver, renovada e solta.
Flor, flor mistério;
impulso magnético, mapa geométrico para um regresso, ou todas as outras coisas juntas que ainda não sabemos sentir.

Inspirado, muito, também, por este magnífico texto de Almada Negreiros:


"Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!"

de Almada Negreiros

in "O Regresso ou o Homem Sentado - III parte"


FERNANDO GASPAR n.1966, Portugal

De formação autodidacta, expõe desde 1986 de modo continuado, colaborando com galerias de arte nacionais e estrangeiras. Somam-se até agora mais de sessenta exposições individuais, alguns Prémios Nacionais e representações em colecções públicas e privadas em Portugal, Espanha, França, Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, Itália, Canadá, Brasil e Estados Unidos.
O seu trabalho tem evoluído no sentido de uma abordagem crescentemente reflexiva e contemporânea, fortemente marcado por uma assumida independência relativamente às correntes e tendências vigentes.

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