Dark Field Analysis invoca a intensidade de estar vivo, relacionando-nos, humanos, com outras formas de vida. Neste espetáculo, o orgânico mistura-se com o sintético, o humano com o animal e o material com o etéreo. Desenrola-se uma conversa demorada entre dois homens nus num tapete. O tema do sangue a escorrer como fio vermelho ao longo do espetáculo. Dark Field Analysis vai buscar o nome a um ramo da medicina alternativa que usa microscopia de campo escuro para diagnosticar patologias sistémicas com origem no sangue. Mas a conversa entre os dois homens engloba mais do que dados médicos. O sangue serve aqui de analogia para um olhar simultaneamente introspectivo e para o exterior: para dentro e para lá de nós próprios. — Jefta van Dinther