Um programa inteiramente dedicado a compositores modernistas polacos do século XX. O poema sinfónico Un conte triste, de Karłowicz, com o subtítulo “Prelúdios à eternidade”, é uma emotiva reflexão sobre a morte, numa estética pós-romântica típica da viragem de século. Livre pour orchestre, obra de referência de Lutosławski, conduz-nos pelo arrojo experimentalista das décadas centrais do século XX, num pouco convencional passeio por ideias aleatórias, em gesto de flirt com o passado dos “livros” de Couperin ou de Bach. Inspirada na poesia persa medieval de Jalal ud-Din Rumi, a Sinfonia n.º 3 (“Canção da noite”) de Szymanowski apresenta influências de Wagner a Debussy, passando por Scriabin, audíveis na exploração dos limites da tonalidade, das grandes formas orquestrais e da riqueza tímbrica de um efetivo alargado. Para a interpretar ao lado da Sinfónica e do Coro, contamos com o versátil tenor polaco Andrzej Lampert.