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Blur procura apreender e retransmitir a complexidade da vida quotidiana nos países em redor do Adriático — uma região que, ao longo da história, tem passado por profundas alterações, com um passado de beligerância que engloba as guerras mundiais do século XX e a última guerra a ter lugar na Europa antes do novo milénio. Blur procura mostrar de que forma as constantes alterações de fronteiras as tornam difusas — elas são definidas politicamente, mas nem sempre são reais. Aos olhos daqueles que não pertencem a Blur são alheios a esse forte sentido de identidade que a região ainda vive, não é possível ver, em ambos os lados da fronteira, as miscigenações feitas pelas travessias ao longo dos anos, a miscelânea de destinos de cada povo daquele território. As diferenças são superficiais e artificiais.
Blur aborda esta identidade partilhada inconscientemente (pelo menos no que toca aos hábitos culturais), a confusão entre fronteiras políticas e semelhanças entre povos e a dificuldade de estabelecer um identidade que não seja, de certa forma, comum a todos. Blur também aborda a incerteza do futuro — entre a integração e a fragmentação nas migrações, a resistência à diferença, o ênfase dado àquilo que separa, os povos e aquilo que outrora a ideal europeia de unidade agora perdeu.
(*) Blur é um termo adotado do livro Design and Crime, de Hal Foster, que o utiliza para se referir à diluição dos limites — de disciplinas e de correntes — como uma das características fundamentais do início do século XXI.
2016-2018
— Lara Jacinto
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Blur procura apreender e retransmitir a complexidade da vida quotidiana nos países em redor do Adriático — uma região que, ao longo da história, tem passado por profundas alterações, com um passado de beligerância que engloba as guerras mundiais do século XX e a última guerra a ter lugar na Europa antes do novo milénio. Blur procura mostrar de que forma as constantes alterações de fronteiras as tornam difusas — elas são definidas politicamente, mas nem sempre são reais. Aos olhos daqueles que não pertencem a Blur são alheios a esse forte sentido de identidade que a região ainda vive, não é possível ver, em ambos os lados da fronteira, as miscigenações feitas pelas travessias ao longo dos anos, a miscelânea de destinos de cada povo daquele território. As diferenças são superficiais e artificiais.
Blur aborda esta identidade partilhada inconscientemente (pelo menos no que toca aos hábitos culturais), a confusão entre fronteiras políticas e semelhanças entre povos e a dificuldade de estabelecer um identidade que não seja, de certa forma, comum a todos. Blur também aborda a incerteza do futuro — entre a integração e a fragmentação nas migrações, a resistência à diferença, o ênfase dado àquilo que separa, os povos e aquilo que outrora a ideal europeia de unidade agora perdeu.
(*) Blur é um termo adotado do livro Design and Crime, de Hal Foster, que o utiliza para se referir à diluição dos limites — de disciplinas e de correntes — como uma das características fundamentais do início do século XXI.
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