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Este sábado inaugura, às 16h00, na Galeria Código Design, a exposição de pintura 'Back To The Garden', obras inéditas de Marianne Pradier.
"Nas religiões do Livro, o jardim é o ponto de origem da humanidade e de toda a criação. É a oficina onde surge a vida animal, vegetal e humana, onde partilham o mesmo estatuto de criaturas perfeitas, onde todas as espécies convivem em harmonia, onde a morte, a predação e a mentira não existem. Também é o objetivo a ser alcançado após a morte, como se a vida fosse apenas um exílio temporário. O fim do ciclo. A luz no fim do túnel da condição humana. O jardim é o estado de graça do qual a nossa consciência nos teria banido, e a promessa de um regresso ao jardim revelou-se suficientemente poderosa para impor vidas de terror e desespero a todo o mundo cristão durante séculos.
O mesmo se aplica à vida quotidiana do trabalhador. O fim do dia de 8 horas ou da semana de 5 dias é o momento da volta ao jardim. Não só o seu espaço, não só a sua casa, a sua família, mas também o seu pensamento próprio, as suas verdadeiras preocupações, desejos, interesses e amores. Talvez os seus projetos pessoais, o seu atelier onde está o deus que toma todas as decisões, mesmo se deve avançar com as restrições caóticas da matéria viva da natureza, da qual faz parte.
A psicologia utiliza o jardim como imagem para representar a ‘cultivação’ perpétua da nossa personalidade. Acontece que alguns pensamentos crescem sem a nossa vontade, na sombra da consciência, como ervas selvagens. Lentamente a tomar o controlo do nosso espírito. Cultivar o jardim é tomar decisões. Alimenta o pensamento fértil, tira esta ideia envenenada, planta esta semente fantástica, dá água para esta bela, rara, preciosa emoção. Obtém um prazer imenso a exercer o seu próprio poder no seu mundo interior." — Marianne Pradier
Este sábado inaugura, às 16h00, na Galeria Código Design, a exposição de pintura 'Back To The Garden', obras inéditas de Marianne Pradier.
"Nas religiões do Livro, o jardim é o ponto de origem da humanidade e de toda a criação. É a oficina onde surge a vida animal, vegetal e humana, onde partilham o mesmo estatuto de criaturas perfeitas, onde todas as espécies convivem em harmonia, onde a morte, a predação e a mentira não existem. Também é o objetivo a ser alcançado após a morte, como se a vida fosse apenas um exílio temporário. O fim do ciclo. A luz no fim do túnel da condição humana. O jardim é o estado de graça do qual a nossa consciência nos teria banido, e a promessa de um regresso ao jardim revelou-se suficientemente poderosa para impor vidas de terror e desespero a todo o mundo cristão durante séculos.
O mesmo se aplica à vida quotidiana do trabalhador. O fim do dia de 8 horas ou da semana de 5 dias é o momento da volta ao jardim. Não só o seu espaço, não só a sua casa, a sua família, mas também o seu pensamento próprio, as suas verdadeiras preocupações, desejos, interesses e amores. Talvez os seus projetos pessoais, o seu atelier onde está o deus que toma todas as decisões, mesmo se deve avançar com as restrições caóticas da matéria viva da natureza, da qual faz parte.
A psicologia utiliza o jardim como imagem para representar a ‘cultivação’ perpétua da nossa personalidade. Acontece que alguns pensamentos crescem sem a nossa vontade, na sombra da consciência, como ervas selvagens. Lentamente a tomar o controlo do nosso espírito. Cultivar o jardim é tomar decisões. Alimenta o pensamento fértil, tira esta ideia envenenada, planta esta semente fantástica, dá água para esta bela, rara, preciosa emoção. Obtém um prazer imenso a exercer o seu próprio poder no seu mundo interior." — Marianne Pradier
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