Ao recriar uma paragem de autocarro temporária num espaço de exposição, também ele temporário, Jerusa Simone reflete sobre a ideia de não-lugares e a interação humana rápida e anónima que ocorre nesses espaços. Esta reflexão serve como uma metáfora para a própria experiência da artista como mulher imigrante, um tema central na sua obra. A paragem de autocarro, com seu carácter transitório e impessoal, torna-se num símbolo da sua jornada pessoal, marcada pela busca de um lugar próprio.