(..) Como se imagina a experienciar uma viagem de avião e a olhar pela janela a abstracta matriz irregular que cobre o mundo, concentrando-se nas incisões e nas marcas incrustadas nas pistas de avião, a artista apodera-se, igualmente, da sensação de maravilhamento que só uma experiência iniciática e genuína pode proporcionar, transportando-a para o exercício plástico, descobrindo nas sucessivas ampliações de imagens fotográficas, rastreadas por conta fios, esse além-mundo pleno de mundos, ou as ambiguidades, precisamente, ao nível das formas, que esse exercício de ampliação produz.
Susana Ventura (texto curatorial)