A música orquestral do Classicismo Vienense domina este concerto dirigido por Andreas Spering, um dos grandes especialistas no repertório deste período histórico. A obra central desta tarde é a Sinfonia n.º 4 de Beethoven. Escrita em 1806, quando o compositor atravessava um período de fértil criatividade, a sua leveza e luminosidade contrasta com outras obras sinfónicas do vienense nascido em Bona. A sua única ópera intitulou-se Fidelio, e pensa-se que a Abertura Leonora n.º 1 tenha sido escrita para uma apresentação em Praga, alguns anos após a estreia da primeira versão. Joseph Haydn, figura próxima de Beethoven, compôs a Sinfonia n.º 49, A Paixão, imbuído do espírito dramático e sombrio do Sturm und Drang, movimento artístico marcado pela procura de novos coloridos orquestrais e de grandes e abruptos contrastes. O sublime enquanto categoria do Classicismo tardio numa Viena em profunda transformação.