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'Conferência "Tomar emprestado, aproximar, copiar, desviar, imaginar" de Dominique Païni, curador, no âmbito da exposição Tendo em linha de conto os tempos atuais | Jean-Luc Godard - Obra Plástica. A conferência terá tradução simultânea de francês para português.
Jean-Luc Godard tomou emprestado, copiou, pirateou, desviou as imagens da arte de todas as épocas: essa era a sua metodologia de poeta, que percebia "antes de tudo, fora dos métodos filosóficos, as relações íntimas e secretas das coisas, as correspondências e analogias" (Baudelaire). Ele também admirava não apenas os métodos, mas os destinos de algumas grandes figuras da arte antiga e moderna, de Eugène Delacroix a Paul Klee e Nicolas de Staël.
Retrospetivamente, os seus filmes revelam, com mais evidência do que na época da sua descoberta, a marca das artes plásticas contemporâneas à sua realização (Yves Klein, Hans Hartung, Robert Rauschenberg, Gerhard Richter, Alighiero Boetti, Ed Ruscha, Gérard Fromanger…) e traduzem, de maneira excecional, as metamorfoses da segunda metade do século XX e das duas primeiras décadas do século XXI. Ele tinha a convicção de que: "A única coisa que sobrevive a uma época é a forma de arte que ela criou. Nenhuma atividade se tornará arte antes que a sua época tenha terminado."
Se essa permeabilidade às artes plásticas do seu tempo foi, em parte, inconsciente – embora fosse curioso em relação a tudo o que concerne às imagens –, a arte contemporânea inspira-se, inversamente, nas manipulações iconográficas godardianas: saturações coloridas, ritmo de aparição e desaparecimento, fusão e fissão.
A conferência comentará uma seleção de obras de arte plástica (pinturas e esculturas) escolhidas sem receio das semelhanças simultaneamente mais evidentes ou mais ocultas: empréstimos ou influências que fertilizam a obra de um cineasta que já em 1960 declarou trabalhar como um pintor.
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'Conferência "Tomar emprestado, aproximar, copiar, desviar, imaginar" de Dominique Païni, curador, no âmbito da exposição Tendo em linha de conto os tempos atuais | Jean-Luc Godard - Obra Plástica. A conferência terá tradução simultânea de francês para português.
Jean-Luc Godard tomou emprestado, copiou, pirateou, desviou as imagens da arte de todas as épocas: essa era a sua metodologia de poeta, que percebia "antes de tudo, fora dos métodos filosóficos, as relações íntimas e secretas das coisas, as correspondências e analogias" (Baudelaire). Ele também admirava não apenas os métodos, mas os destinos de algumas grandes figuras da arte antiga e moderna, de Eugène Delacroix a Paul Klee e Nicolas de Staël.
Retrospetivamente, os seus filmes revelam, com mais evidência do que na época da sua descoberta, a marca das artes plásticas contemporâneas à sua realização (Yves Klein, Hans Hartung, Robert Rauschenberg, Gerhard Richter, Alighiero Boetti, Ed Ruscha, Gérard Fromanger…) e traduzem, de maneira excecional, as metamorfoses da segunda metade do século XX e das duas primeiras décadas do século XXI. Ele tinha a convicção de que: "A única coisa que sobrevive a uma época é a forma de arte que ela criou. Nenhuma atividade se tornará arte antes que a sua época tenha terminado."
Se essa permeabilidade às artes plásticas do seu tempo foi, em parte, inconsciente – embora fosse curioso em relação a tudo o que concerne às imagens –, a arte contemporânea inspira-se, inversamente, nas manipulações iconográficas godardianas: saturações coloridas, ritmo de aparição e desaparecimento, fusão e fissão.
A conferência comentará uma seleção de obras de arte plástica (pinturas e esculturas) escolhidas sem receio das semelhanças simultaneamente mais evidentes ou mais ocultas: empréstimos ou influências que fertilizam a obra de um cineasta que já em 1960 declarou trabalhar como um pintor.
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