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41° 53′ 05″ N, 8° 41′ 54″ O. Região: Norte. Sub-região: Alto Minho. Distrito: Viana do Castelo. Município: Vila Nova de Cerveira. Freguesia: Covas. Lugar: No interior da serra.
Trilhos paralelos rasgam o chão e sucumbem no buraco de sondagem. Apesar do escasso diâmetro desta fenda, ela inclina-se em grande profundidade sobre os valiosos segredos da montanha. Nela, exuberantes extensões verdes preenchidas de plantas não nativas – háqueas, mimosas, acácias – dificultam a livre circulação de animais e plantas autóctones… também das pessoas. Aqui, as pernas revelam os trilhos das silvas que escondem as covas. Os furos da pesquisa anunciam o verbo «minar».
A curiosidade que motiva o trabalho artístico sobre o território de Covas (iniciado em 2022) é norteada pela sua história de políticas extrativistas e exploração tecnológica de recursos geológicos e hídricos, como a mineração de ouro na época romana, a edificação da segunda central hidroeléctrica do país (1910), a extracção de volfrâmio e tungsténio (1949 -1984) e mais recentemente as tentativas de prospecção de lítio (2020-2023). Utiliza-se a prospecção como metáfora positiva para apreender o lugar de forma performativa, através da caminhada, e nesse processo colaborar com a sua comunidade, nomeadamente: a que representa o poder local; a que se envolve em processos artísticos e de projecto catalisadores de desenvolvimento local e de sustentabilidade; e a que promove a luta ativista no terreno. No coração da luta, destaca-se um grupo de mulheres — "As mulheres à Serra" que, diante da ameaça iminente à sua terra, se mobilizam com uma energia notável. As três imagens aqui apresentadas são fragmentos da prospecção artística neste território.
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41° 53′ 05″ N, 8° 41′ 54″ O. Região: Norte. Sub-região: Alto Minho. Distrito: Viana do Castelo. Município: Vila Nova de Cerveira. Freguesia: Covas. Lugar: No interior da serra.
Trilhos paralelos rasgam o chão e sucumbem no buraco de sondagem. Apesar do escasso diâmetro desta fenda, ela inclina-se em grande profundidade sobre os valiosos segredos da montanha. Nela, exuberantes extensões verdes preenchidas de plantas não nativas – háqueas, mimosas, acácias – dificultam a livre circulação de animais e plantas autóctones… também das pessoas. Aqui, as pernas revelam os trilhos das silvas que escondem as covas. Os furos da pesquisa anunciam o verbo «minar».
A curiosidade que motiva o trabalho artístico sobre o território de Covas (iniciado em 2022) é norteada pela sua história de políticas extrativistas e exploração tecnológica de recursos geológicos e hídricos, como a mineração de ouro na época romana, a edificação da segunda central hidroeléctrica do país (1910), a extracção de volfrâmio e tungsténio (1949 -1984) e mais recentemente as tentativas de prospecção de lítio (2020-2023). Utiliza-se a prospecção como metáfora positiva para apreender o lugar de forma performativa, através da caminhada, e nesse processo colaborar com a sua comunidade, nomeadamente: a que representa o poder local; a que se envolve em processos artísticos e de projecto catalisadores de desenvolvimento local e de sustentabilidade; e a que promove a luta ativista no terreno. No coração da luta, destaca-se um grupo de mulheres — "As mulheres à Serra" que, diante da ameaça iminente à sua terra, se mobilizam com uma energia notável. As três imagens aqui apresentadas são fragmentos da prospecção artística neste território.
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