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[Serralves] - O sal da democracia. Mário Soares e a cultura
O sal da democracia
Mário Soares e a cultura
[Serralves] - O sal da democracia. Mário Soares e a cultura

Mário Soares foi um leitor voraz e incansável, um escritor assíduo e produtivo, um amador de arte curioso e fascinado. Esse amor por todas as formas de criação, que se confrontam com os mais altos sonhos humanos e com os mais fundos mistérios da nossa condição, fez dele um colecionador persistente de livros, edições raras, manuscritos, autógrafos, dedicatórias, cartas. E de obras de arte de pintura, desenho, escultura, tapeçaria, fotografia, gravura. 

Nas suas casas, viveu rodeado — às vezes, cercado — de arte e cultura. Essa foi sempre, no seu mundo pessoal e familiar, a presença mais desejada e mais querida, mais avassaladora e mais inspiradora. Cosmopolita e cidadão do mundo, quando viajava, por pouco tempo que tivesse, visitava obrigatoriamente museus, galerias de arte, exposições, ateliers de artistas, livrarias. 

Em todos os altos cargos que ocupou, manteve sempre uma grande proximidade com os temas da cultura e com as grandes figuras da criação e da divulgação cultural, portuguesas e estrangeiras, de quem era ou se tornou amigo. 

Essa proximidade foi, para ele, um estímulo para a sua ação, para as suas escolhas e para as suas decisões. Por isso, um dia afirmou: “A cultura é o sal da democracia.” 

Este é o título escolhido para esta exposição, mostrando aspetos mais privados, mas com uma repercussão pública fundamental, de uma vida cuja influência se tornou determinante na nossa vida coletiva e na construção de um Portugal novo, europeu e democrático. 

A exposição O Sal da Democracia — Mário Soares e a Cultura, apresentada por ocasião do centenário do nascimento de Mário Soares, configura a sua amizade com escritores e artistas, muitos deles companheiros no combate pela liberdade, e a sua constante atenção ao que eles faziam. Fala da sua atividade de autor e dá também conta das referências fundamentais do seu pensamento político e cultural. Revela ainda a solidez da sua vasta cultura, o cuidado com a preservação da memória, o impulso prospetivo e o espírito aberto e curioso de Soares, o seu interesse entusiasmado pelas coisas novas, a atenção à diversidade e à diferença, a vontade ativa de conhecer, de descobrir, de divulgar, de se atualizar, de ser surpreendido pela criação contemporânea e pelas novas ideias.


06
Dez
01
Jun
2024-12-06T16:00:00Z
2025-06-01T16:50:08Z
Serralves
R. D. João de Castro, 210

Mais info

[Serralves] - O sal da democracia. Mário Soares e a cultura
Exposição

Mário Soares foi um leitor voraz e incansável, um escritor assíduo e produtivo, um amador de arte curioso e fascinado. Esse amor por todas as formas de criação, que se confrontam com os mais altos sonhos humanos e com os mais fundos mistérios da nossa condição, fez dele um colecionador persistente de livros, edições raras, manuscritos, autógrafos, dedicatórias, cartas. E de obras de arte de pintura, desenho, escultura, tapeçaria, fotografia, gravura. 

Nas suas casas, viveu rodeado — às vezes, cercado — de arte e cultura. Essa foi sempre, no seu mundo pessoal e familiar, a presença mais desejada e mais querida, mais avassaladora e mais inspiradora. Cosmopolita e cidadão do mundo, quando viajava, por pouco tempo que tivesse, visitava obrigatoriamente museus, galerias de arte, exposições, ateliers de artistas, livrarias. 

Em todos os altos cargos que ocupou, manteve sempre uma grande proximidade com os temas da cultura e com as grandes figuras da criação e da divulgação cultural, portuguesas e estrangeiras, de quem era ou se tornou amigo. 

Essa proximidade foi, para ele, um estímulo para a sua ação, para as suas escolhas e para as suas decisões. Por isso, um dia afirmou: “A cultura é o sal da democracia.” 

Este é o título escolhido para esta exposição, mostrando aspetos mais privados, mas com uma repercussão pública fundamental, de uma vida cuja influência se tornou determinante na nossa vida coletiva e na construção de um Portugal novo, europeu e democrático. 

A exposição O Sal da Democracia — Mário Soares e a Cultura, apresentada por ocasião do centenário do nascimento de Mário Soares, configura a sua amizade com escritores e artistas, muitos deles companheiros no combate pela liberdade, e a sua constante atenção ao que eles faziam. Fala da sua atividade de autor e dá também conta das referências fundamentais do seu pensamento político e cultural. Revela ainda a solidez da sua vasta cultura, o cuidado com a preservação da memória, o impulso prospetivo e o espírito aberto e curioso de Soares, o seu interesse entusiasmado pelas coisas novas, a atenção à diversidade e à diferença, a vontade ativa de conhecer, de descobrir, de divulgar, de se atualizar, de ser surpreendido pela criação contemporânea e pelas novas ideias.


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