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Um objeto e os seus discursos — Cartas da princesa Augusta de Montléart
Carta de Augusta de Montléart, dirigida ao Padre Peixoto, 1854. Coleção Vitorino Ribeiro / Museu do Porto. Fotografia de Fernando Noronha (CMP).
Um objeto e os seus discursos — Cartas da princesa Augusta de Montléart
com Francisco Queiroz e Eduardo Alves Marques
Um objeto e os seus discursos — Cartas da princesa Augusta de Montléart
Carta de Augusta de Montléart, dirigida ao Padre Peixoto, 1854. Coleção Vitorino Ribeiro / Museu do Porto. Fotografia de Fernando Noronha (CMP).

Em meados do século XIX, escrever uma carta podia ter tanto de pragmático como de ritualizado, consoante o seu teor, o seu remetente e o seu destinatário. A prática de escrever missivas era generalizada e, ao contrário do que se possa pensar, para distâncias não muito longas, a distribuição postal era bem mais rápida do que atualmente. Ao escrever uma carta, havia que se ater a várias normas de bom tom, as quais tendiam a ser mais exigentes e mais escrupulosamente seguidas quando os protagonistas pertenciam a um estrato social elevado. Neste caso, era todo um protocolo que se impunha, desde o timbre do cabeçalho, ao modo de assinar.

Por uma feliz conjugação de circunstâncias, o Município do Porto é detentor do maior conjunto conhecido de cartas de Augusta de Montléart – a princesa-artista que concebeu e financiou a construção da Capela de Carlos Alberto. Este conjunto epistolar, pertencente à coleção Joaquim Vitorino Ribeiro, é bastante uniforme, considerando a curta amplitude cronológica e o facto de ter sempre o mesmo destinatário no Porto: um padre que havia sido confessor do Rei Carlos Alberto. Porém, é um conjunto igualmente bastante diversificado. De facto, as cartas não foram enviadas todas do mesmo local, não se encontram apostas no mesmo tipo de papel, o lacre não é sempre da mesma cor nem foi marcado com o mesmo sinete, e nem sequer o idioma é o mesmo. Nesta sessão, revelar-se-á o mundo íntimo da epistolografia romântica, dos seus objetos e dos seus rituais, desvendando-se a própria personalidade – marcante e desconcertante – de Augusta de Montléart.

05
Apr
2025-04-05T18:00:00Z
2025-04-05T14:38:47Z
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Em meados do século XIX, escrever uma carta podia ter tanto de pragmático como de ritualizado, consoante o seu teor, o seu remetente e o seu destinatário. A prática de escrever missivas era generalizada e, ao contrário do que se possa pensar, para distâncias não muito longas, a distribuição postal era bem mais rápida do que atualmente. Ao escrever uma carta, havia que se ater a várias normas de bom tom, as quais tendiam a ser mais exigentes e mais escrupulosamente seguidas quando os protagonistas pertenciam a um estrato social elevado. Neste caso, era todo um protocolo que se impunha, desde o timbre do cabeçalho, ao modo de assinar.

Por uma feliz conjugação de circunstâncias, o Município do Porto é detentor do maior conjunto conhecido de cartas de Augusta de Montléart – a princesa-artista que concebeu e financiou a construção da Capela de Carlos Alberto. Este conjunto epistolar, pertencente à coleção Joaquim Vitorino Ribeiro, é bastante uniforme, considerando a curta amplitude cronológica e o facto de ter sempre o mesmo destinatário no Porto: um padre que havia sido confessor do Rei Carlos Alberto. Porém, é um conjunto igualmente bastante diversificado. De facto, as cartas não foram enviadas todas do mesmo local, não se encontram apostas no mesmo tipo de papel, o lacre não é sempre da mesma cor nem foi marcado com o mesmo sinete, e nem sequer o idioma é o mesmo. Nesta sessão, revelar-se-á o mundo íntimo da epistolografia romântica, dos seus objetos e dos seus rituais, desvendando-se a própria personalidade – marcante e desconcertante – de Augusta de Montléart.

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