com Edmundo Cordeiro, José Bragança de Miranda, Marta Várzeas, Pedro Sobrado
TUNA/TNSJ
De uma assentada, o TNSJ lança três novos títulos de uma coleção que o crítico Rui Pina Coelho qualificou como “fundamental” nas páginas do Le Monde diplomatique. Depois de Alain Badiou fazer um rasgado Elogio do Teatro, a Empilhadora prossegue com ensaios que ora perturbam lugares-comuns associados ao teatro, ora prestam tributo a alguns dos seus fazedores. Contra o Teatro Político é um controverso texto de intervenção onde Olivier Neveux deteta um sintoma preocupante no teatro contemporâneo: “A política muitas vezes não existe senão na condição de nada desordenar ou perturbar.” A partir deste diagnóstico, Neveux propõe novas possibilidades para tornar mais efetivo o encontro entre teatro e política. Esta renovação encontra um eco em A Voz Enlutada de Nicole Loraux, que rompe com as leituras “apenas políticas que dominaram os estudos sobre a tragédia grega”, focando o olhar na sua face de canto da dor e do luto. Editado em 2021, dois anos antes da morte de Georges Banu, As Histórias de Horácio pode ser lido como um livro-testamento do teatrólogo franco-romeno. O Horácio do título é Banu, que veste a pele da personagem que sobrevive à morte de Hamlet: “Eis-me encarregado de escrever uma história com restos e fragmentos, para que se possam preservar alguns resquícios do teatro do nosso tempo.”
De uma assentada, o TNSJ lança três novos títulos de uma coleção que o crítico Rui Pina Coelho qualificou como “fundamental” nas páginas do Le Monde diplomatique. Depois de Alain Badiou fazer um rasgado Elogio do Teatro, a Empilhadora prossegue com ensaios que ora perturbam lugares-comuns associados ao teatro, ora prestam tributo a alguns dos seus fazedores. Contra o Teatro Político é um controverso texto de intervenção onde Olivier Neveux deteta um sintoma preocupante no teatro contemporâneo: “A política muitas vezes não existe senão na condição de nada desordenar ou perturbar.” A partir deste diagnóstico, Neveux propõe novas possibilidades para tornar mais efetivo o encontro entre teatro e política. Esta renovação encontra um eco em A Voz Enlutada de Nicole Loraux, que rompe com as leituras “apenas políticas que dominaram os estudos sobre a tragédia grega”, focando o olhar na sua face de canto da dor e do luto. Editado em 2021, dois anos antes da morte de Georges Banu, As Histórias de Horácio pode ser lido como um livro-testamento do teatrólogo franco-romeno. O Horácio do título é Banu, que veste a pele da personagem que sobrevive à morte de Hamlet: “Eis-me encarregado de escrever uma história com restos e fragmentos, para que se possam preservar alguns resquícios do teatro do nosso tempo.”