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Do Ser e do Seu Desvelar
Do Ser e do seu Desvelar
de Guilherme Sota
Do Ser e do Seu Desvelar

UM CORPO DE TINTA PRESO À ARGILA DA MANHÃ

“A luz pesou demoradamente sobre a minha memória/ eu estava despedaçado em cima de grãos de areia/ um corpo de tinta/ preso à argila da manhã/ preso à alga intacta/ o dia/ enluvado/ rouba o riso/ às pedras da cidade”
(Arzila: Estação de Espuma, Hiena Editora, Lisboa, 1987, trad. de Al Berto)

O artista plástico Guilherme Sota inaugura no dia 22 de março, às 16h na Árvore, a Exposição “Do Ser e do seu Desvelar”, que estará patente até 12 de abril. Esta mostra faz parte do Programa Jovens Criadores, uma iniciativa da Árvore.

Segundo o escritor e crítico literário Vergílio Alberto Viera, sobre esta Exposição, “porque no princípio era a luz, desde tempos imemoriais que o presente deixou de ser forma de encontro, e passou a ser acção, quer dizer: aditamento do tempo a ele mesmo, presença matérica do presente ao/no ser, porque antes do ser não há memória de alguma vez ter existido ser.

Tomando à letra o tema da exposição intitulada: Do ser e do seu Desvelar, amostragem pictórica de: “anotações privadas, rabiscos apressados e passagens diárias”, o que à primeira vista (leia-se impressão do olhar) ocorre inferir é que, tendo como pretexto viajar pelo Norte de África, e fazer da viagem por/a Marrocos uma fenomenologia do espaço físico-cultural e da con/vivência temporária do artista com a natureza magrebina, seu meio-ambiente, e história, há que reconhecer ser este, e não outro, o leitmotiv da matéria corporal explorada (...).
Não fora essa vontade insofismável de tornar seus o espírito e a memória bergsonianos, talvez a descoberta Do Ser e do seu Desvelar fosse a utopia realizável perseguida por Guilherme Sota, nómada que se aventurou a fazer do Cordão de Aourir o cordão umbilical da experiência pictórica, que o liga à revelação, ao fazer dele ser de um dia, depois de ter sido corpo de tinta preso à argila da manhã.”


ÁRVORE – Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L.
Rua Azevedo de Albuquerque, nº 1
4050-076 Porto

________________________________________

BIOGRAFIA:
GUILHERME SOTA (2001, Aveiro) é um artista multidisciplinar e co-fundador do coletivo artístico híbrido Vertigo. É licenciado em Artes-Plásticas, com especialização em Pintura, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (2019-2023), e atualmente desenvolve o seu trabalho entre o Porto e Aveiro. A sua prática artística atravessa várias áreas, passando por pintura, desenho, música, instalação e escrita, e de tal pluralidade resulta uma obra marcada pela imersividade, na qual temas como Mortalidade, Ser, Sexualidade e Iconografia são explorados de um modo direto e corpóreo.
Juntamente com o coletivo Vertigo, concebe, organiza e cura eventos híbridos nos quais exposições artísticas se intercetam com movimentos de libertação coletiva, procurando desenvolver espaços multidisciplinares e imersivo.

22
Mar
12
Apr
2025-03-22T16:00:00Z
2025-04-12T19:00:00Z
Cooperativa Árvore
Inauguração
16h – 22 de março
R. de Azevedo de Albuquerque, 1

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Do Ser e do Seu Desvelar
Exhibition

UM CORPO DE TINTA PRESO À ARGILA DA MANHÃ

“A luz pesou demoradamente sobre a minha memória/ eu estava despedaçado em cima de grãos de areia/ um corpo de tinta/ preso à argila da manhã/ preso à alga intacta/ o dia/ enluvado/ rouba o riso/ às pedras da cidade”
(Arzila: Estação de Espuma, Hiena Editora, Lisboa, 1987, trad. de Al Berto)

O artista plástico Guilherme Sota inaugura no dia 22 de março, às 16h na Árvore, a Exposição “Do Ser e do seu Desvelar”, que estará patente até 12 de abril. Esta mostra faz parte do Programa Jovens Criadores, uma iniciativa da Árvore.

Segundo o escritor e crítico literário Vergílio Alberto Viera, sobre esta Exposição, “porque no princípio era a luz, desde tempos imemoriais que o presente deixou de ser forma de encontro, e passou a ser acção, quer dizer: aditamento do tempo a ele mesmo, presença matérica do presente ao/no ser, porque antes do ser não há memória de alguma vez ter existido ser.

Tomando à letra o tema da exposição intitulada: Do ser e do seu Desvelar, amostragem pictórica de: “anotações privadas, rabiscos apressados e passagens diárias”, o que à primeira vista (leia-se impressão do olhar) ocorre inferir é que, tendo como pretexto viajar pelo Norte de África, e fazer da viagem por/a Marrocos uma fenomenologia do espaço físico-cultural e da con/vivência temporária do artista com a natureza magrebina, seu meio-ambiente, e história, há que reconhecer ser este, e não outro, o leitmotiv da matéria corporal explorada (...).
Não fora essa vontade insofismável de tornar seus o espírito e a memória bergsonianos, talvez a descoberta Do Ser e do seu Desvelar fosse a utopia realizável perseguida por Guilherme Sota, nómada que se aventurou a fazer do Cordão de Aourir o cordão umbilical da experiência pictórica, que o liga à revelação, ao fazer dele ser de um dia, depois de ter sido corpo de tinta preso à argila da manhã.”


ÁRVORE – Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L.
Rua Azevedo de Albuquerque, nº 1
4050-076 Porto

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BIOGRAFIA:
GUILHERME SOTA (2001, Aveiro) é um artista multidisciplinar e co-fundador do coletivo artístico híbrido Vertigo. É licenciado em Artes-Plásticas, com especialização em Pintura, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (2019-2023), e atualmente desenvolve o seu trabalho entre o Porto e Aveiro. A sua prática artística atravessa várias áreas, passando por pintura, desenho, música, instalação e escrita, e de tal pluralidade resulta uma obra marcada pela imersividade, na qual temas como Mortalidade, Ser, Sexualidade e Iconografia são explorados de um modo direto e corpóreo.
Juntamente com o coletivo Vertigo, concebe, organiza e cura eventos híbridos nos quais exposições artísticas se intercetam com movimentos de libertação coletiva, procurando desenvolver espaços multidisciplinares e imersivo.

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