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O meu papel de artista vejo-o mais como um catalisador de associaçōes, posicionamentos ou questionamentos. A coreografia é vista como uma prática social e uma forma de pensar mundos. Interessa-me uma multiplicidade de práticas e disposições de pensamento onde o jardim crioulo e ideias de opacidade (Glissant) têm ao longo dos últimos anos ocupado um papel de destaque.
Estas sessões — Oficina de Práticas de Cabeça para Baixo e Farmácia Fanon| Gramáticas do Verde — combinam dança, música com abordagens e modos alternativos de sociabilidade. Assim, sobrepor, interromper, remisturar, fundir e deslocar — características das metodologias negras — são utilizadas como estratégias para produzir significados alternativos e associações inesperadas. Partiremos dos corpos e exploraremos posicionamentos específicos. O planear, conspirar estruturas para atuar instantânea e coletivamente. Explorar-se-ão novas capacidades de corpos infrequentes como performers (aromas, "coisas", lugares). Praticar “o estar” juntos explorando interações multissensoriais e associações inesperadas ou mesmo de (de)ordem (Fanon). O esconder, a camuflagem como atos transgressivos. Assim, “de cabeça para baixo” pode significar perturbar ou mesmo desordenar as coisas, fazendo eco das ideias de Fanon (1963, p. 35) sobre a descolonização como um “programa de desordem completa” e como algo que “estabelece para mudar a ordem do mundo”. — Vânia Gala
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O meu papel de artista vejo-o mais como um catalisador de associaçōes, posicionamentos ou questionamentos. A coreografia é vista como uma prática social e uma forma de pensar mundos. Interessa-me uma multiplicidade de práticas e disposições de pensamento onde o jardim crioulo e ideias de opacidade (Glissant) têm ao longo dos últimos anos ocupado um papel de destaque.
Estas sessões — Oficina de Práticas de Cabeça para Baixo e Farmácia Fanon| Gramáticas do Verde — combinam dança, música com abordagens e modos alternativos de sociabilidade. Assim, sobrepor, interromper, remisturar, fundir e deslocar — características das metodologias negras — são utilizadas como estratégias para produzir significados alternativos e associações inesperadas. Partiremos dos corpos e exploraremos posicionamentos específicos. O planear, conspirar estruturas para atuar instantânea e coletivamente. Explorar-se-ão novas capacidades de corpos infrequentes como performers (aromas, "coisas", lugares). Praticar “o estar” juntos explorando interações multissensoriais e associações inesperadas ou mesmo de (de)ordem (Fanon). O esconder, a camuflagem como atos transgressivos. Assim, “de cabeça para baixo” pode significar perturbar ou mesmo desordenar as coisas, fazendo eco das ideias de Fanon (1963, p. 35) sobre a descolonização como um “programa de desordem completa” e como algo que “estabelece para mudar a ordem do mundo”. — Vânia Gala
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