Abracadabra, com obras de Eduardo Antonio, Hernâni Reis Baptista, Hugo Flores, Janis Dellarte, Mariana Rebola, Matilde Travassos, Miguel Ângelo Marques, Pedro Gramaxo, Susana Rocha, Vera Matias, Zé Ardisson. Curadoria de Diogo Ramalho
A expectativa de um acontecimento iminente carrega uma tensão que se acumula, que está prestes a se soltar numa revelação. O momento de espera traz consigo a promessa de transformação — de que o que parecia sem forma se materializará. E, num ápice, abracadabra! Sabemos que alguma coisa aconteceu, que se deu uma transformação ou qualquer tipo de truque.
A palavra reflecte o mistério estrutural da sua origem e significado. Poderá ter origem no hebraico “Crio enquanto falo”, ou também no aramaico, significando “Criarei o homem”. Mas teve também a sua origem enquanto inscrição apotropaica, amuleto que “evitaria o infortúnio’. Repetida a palavra escrita por 11 linhas, era retirada uma letra em cada linha, acção repetida até ao desaparecimento dos caracteres da palavra. O desaparecimento sucessivo das formas desencadeia uma mudança, carrega em si a possibilidade de uma transformação prestes a acontecer.
A inauguração do novo espaço da PLATO e da exposição ABRACADABRA será a 25 de janeiro, sábado, das 17h às 21h (Rua Brito Capelo 152, Porto). A exposição poderá depois ser visitada até 15 de março de 2025, de quinta a sábado, das 10h às 20h.